Pergunto-me se o medo de dirigir existiria se pudéssemos esperar da maioria dos motoristas não as grandes virtudes – como compaixão, generosidade, tolerância e, em nível mais elevado, amor –, mas se tivéssemos a certeza de que cada um faria o básico exigido pelas leis de trânsito. Acho que grande parte dele acabaria, isto é, ficaríamos apenas com o bloqueio particular que nos cabe.
Hoje, quando dirigia em uma avenida movimentada, enfrentei minha primeira situação de pânico. Levou segundos (o maior dos acidentes pode acontecer no mínimo de tempo). Havia um carro estacionado na pista da direita, onde eu estava devagar. Fui obrigada a me deslocar um pouco para esquerda, na segunda faixa. De repente, fui fechada por um Palio. Fiquei, por átimos de segundo, espremida entre os dois carros.
Dá para acreditar que o sujeito do Palio fechou um carro de autoescola? Que tipo de monstro fecha um carro de autoescola? No susto, virei o volante para direita bruscamente, movimento que foi detido com agilidade por meu instrutor. Graças a ele, a consequência foi mínima: bati de leve no retrovisor do carro parado, também errado na situação.
Tenho visto motoristas jogarem o carro em cima de bicicletas, quando a lei os obriga a trafegar 1,5m de distância delas. Considerando a fragilidade do ciclista e o espaço que uma magrela economiza, seria o mínimo a fazer. A violência acelera também sobre idosos que não chegam ao outro lado da pista no tempo recorde estabelecido pelos faróis, sobre mulheres com carrinhos de bebê, sobre animais indefesos.
Duas coisas me espantaram:
Coisa 1: a de constatar que dirigir é como ir para uma guerra. Cada um defendendo o seu territoriozinho motorizado. Eu não quero me tornar isso. Eu quero ser uma motorista-Gandhi. Se ele conseguiu conquistar a independência da Índia sem tocar em armas, conseguirei conquistar minha própria independência sem violências automobilísticas.
Coisa 2: não fiquei trêmula, não chorei, não pedi para meu instrutor continuar por mim. Da experiência, ficaram a apenas este texto e uma profunda tristeza pela ausência de humanidade.
Hoje, quando dirigia em uma avenida movimentada, enfrentei minha primeira situação de pânico. Levou segundos (o maior dos acidentes pode acontecer no mínimo de tempo). Havia um carro estacionado na pista da direita, onde eu estava devagar. Fui obrigada a me deslocar um pouco para esquerda, na segunda faixa. De repente, fui fechada por um Palio. Fiquei, por átimos de segundo, espremida entre os dois carros.
Dá para acreditar que o sujeito do Palio fechou um carro de autoescola? Que tipo de monstro fecha um carro de autoescola? No susto, virei o volante para direita bruscamente, movimento que foi detido com agilidade por meu instrutor. Graças a ele, a consequência foi mínima: bati de leve no retrovisor do carro parado, também errado na situação.
Tenho visto motoristas jogarem o carro em cima de bicicletas, quando a lei os obriga a trafegar 1,5m de distância delas. Considerando a fragilidade do ciclista e o espaço que uma magrela economiza, seria o mínimo a fazer. A violência acelera também sobre idosos que não chegam ao outro lado da pista no tempo recorde estabelecido pelos faróis, sobre mulheres com carrinhos de bebê, sobre animais indefesos.
Duas coisas me espantaram:
Coisa 1: a de constatar que dirigir é como ir para uma guerra. Cada um defendendo o seu territoriozinho motorizado. Eu não quero me tornar isso. Eu quero ser uma motorista-Gandhi. Se ele conseguiu conquistar a independência da Índia sem tocar em armas, conseguirei conquistar minha própria independência sem violências automobilísticas.
Coisa 2: não fiquei trêmula, não chorei, não pedi para meu instrutor continuar por mim. Da experiência, ficaram a apenas este texto e uma profunda tristeza pela ausência de humanidade.
Falou td, dirigir é como ir para a guerra, porque muitos motoristas se sentem armados, poderosos, viram deuses quando estão atrás do volante. Haja paciência... Tive mto medo de dirigir, chorava quase toda vez que precisava, hj tenho menos medo, mas impossível ficar tranquila com tantos motoristas imprudentes. Vc viu que assassinaram um cara por causa de um probleminha no trânsito, de não deixar ultrapassar? Afff...
ResponderExcluirMas vamo que vamo, força aí e força aqui. A esperança de um trânsito mais pacífico continua, seja pela consciência dos homens, seja pela tecnologia que ajuda a tornar as ruas mais seguras né?
PARABENS PELA MATÉRIA,TENHO 40 ANOS DIRIJO DESDE OS 19,NUNCA DIRIGI UM CARRO SEM PENSAR QUE ALÍ NA FRENTE VOU MORRER , VOU ENTRAR DEBAIXO DE UMA CARRETA OU COISA PARECIDA,QUANDO FAÇO VIAGENS LONGAS TIPO DE MINHA CIDADE A BH ,UNS 380 KM QUANDO CHEGO,ME LEVANTO E MAL PARO DE PÉ , DE TANTA TREMESSÃO NAS PERNAS,SEI DIRIGIR TENHO CARTEIRA DE HABILITAÇÃO A MUITO TEMPO MAS MEUS PENSAMEMTOS ACABAM COM O MEU PRAZER EM DIRIGIR.AGORA POR EXEMPLO ESTOU SEM CARRO PRECISO DE UM E TO COM MEDO DE COMPRAR, VOU COMPRAR MAS COM MEDO DE DIRIGILO COM MEDO, NUNCA TIVE UM ACIDENTE GRAVE, JA RODEI UM OPALA EM ESTRADA DE CHÃO E UMA VACA ATRAVESSOU MEU CAMINHO, ATROPELEI ESTA VACA FIQUEI CALMO NA HORA DO ACIDENTE ,E POR ENCRIVEL QUE PAREÇA EU NÃO ESTAVA PENSANDO EM COISA RUIM QUANDO VI AQUELE ANIMAL NA FRENTE DO CARRO. MAS NÃO FOI POR ISSO QUE TENHO ESTES PENSAMENTOS RUIN EU JA OS TINHA DESDE O PRIMEIRO VOLANTE QUE PEGUEI, PRECISO VENCER ISSO ALGUEM PODE ME AJUDAR? trialtfeio@hotmail.com
ResponderExcluirTenho notado que os CFC's teem dificuldades de selecionar bons instrutores e estes são colocados em trabalho sem qualquer treinamento, ou se o teem são apenas para conseguir licença de trabalho. Não há a preocupação de preparar os instrutores para treinar e orientar os futuros motoristas a serem disciplinados no trânsito. Basta ver que a mão de ultrapassagem virou a direita e não há CFC que mude esta regra, que é de todos e que o fazem sem qualquer segurança. E não são só dos ousados, somos todos os apressadinhos forçados pelos esquerdistas.
ResponderExcluirPrecisamos treinar os CFC's a serem responsáveis e não só vendedores de licenças para dirigir.
Bom Dia meu nome é S.S.Tenho a habilitação a dois anos,dirijo desde então.A principio o medo de dirigir vinha só de olhar para o carro,percebi que meu medo era o primeiro passo,entrar no carro!Depois conseguia dirigir normalmente,mas somente nas ruas do bairro,algumas vezes pegava rodovia que me levava até o trabalho,mas era só até hoje tenho medo de ir a lugares,até que próximo mas onde o trânsito é mais intenso, ou a distância envolve rodovias diferentes da que estava acostumada.Resido em Hortolândia e trabalhava em Indaiatuba, porém ia de ônibus.O que pode ser,como lidar com isso e ser uma motorista mais confiante?
ResponderExcluirOLá,bom meu nome è Pedro e tenho 28 anos, há 4 anos possuo habilitação, mas dirigir não é meu forte, afinal o pavor que tenho é maior q minha vontade de dirigir..rs
ResponderExcluirNão digo até q tal sensação seja somente psicologica, mas é o medo de encarar uma manada metálica q por sua vez são conduzidas por seres impaciêntes e sem respeito faz com q eu crie um bloqueio e por fim não consiga desenvolver até mesmo um pequeno trajeto..
Porém é muito bom saber q não estou só nesta jornada, e q tbm existem outras pessoas q como eu buscam quebrar esse bloqueio afim de adquirirem auto controle possibilitando uma desenvoltura ao conduzirem veiculos automotores. Um grande Abraço e sucesso!!
oi,eu tenho habilitaçao ha apenas 1 mes ,foi muito difícil pegar o carro pela primeira vez,só de olhar para ele na garagem me dava taquicardia,suador,gelo na barriga etc...ai mesmo com muito medo eu peguei o carro e fui trabalhar,meu trabalho é perto mas,foi muito doloroso pra mim...parece que estou indo para um matadouro,e nao trabalhar,continuo indo trabalhar com o carro,mas nao é com prazer,pois o medo me acompanha tds os dias e fora as besteiras que faço,tipo,andar só em segunda marcha,carro morre,etc....sera que um dia vou dirigir com prazer.?..será que esse medo vai acabar?pois adoraria poder passear com meu filho em um shopping por ex...abçs
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