quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O carro como divã


Após superar as etapas teórica e prática para tirar a CNH (confira abaixo a série Coragem de Dirigir), deixei o carro com o adesivo de “autoescola” para estrear o com os dizeres “motorista em treinamento”. Por dificuldade de conciliar meu horário com o do grupo de terapia – e para que o processo não seja interrompido agora – tive uma sessão no carro, acompanhada pela psicóloga Fabiana Saghi. O objetivo, porém, é frequentar o grupo.

A primeira ansiedade foi justamente com o adesivo do carro. Será que os outros motoristas o respeitariam tanto quanto respeitam um carro de autoescola? Para minha surpresa, Fabiana contou que o respeito costuma ser maior com o “motorista em treinamento”, isso porque muitos acreditam que lugar de carro de autoescola é em rua deserta.

De um jeito ou de outro, me tranquiliza poder sinalizar aos demais motoristas que ainda não tenho total domínio do carro. A exemplo de alguns países, talvez fosse mais seguro o motorista iniciante ter uma sinalização no carro indicando sua condição. Assim, dividimos a responsabilidade. Só a carteira provisória não basta, ninguém vê.

O fato de estar com a terapeuta ao lado deu-me uma segurança que jamais senti. Claro que tive certo receio de guiar em ruas estreitas e parar em ladeiras, mas Fabiana me encorajou a enfrentá-lo, dando-me suporte emocional e técnico (é difícil perder o medo de dirigir se você não souber manusear o carro).

Ainda me confundo um pouco com as marchas. Reduzidas me fazem sonhar com um carro automático e as motos são um pânico à parte. Mas nada muito diferente de que acontece a uma pessoa normal. Ops, eu disse “normal”? É... acho que começo a caminhar – agora sobre rodas – para isso.

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