sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Prometeu



Sobrevivi ao desafio (leia o post abaixo). Ao menos fisicamente, estou aqui. Outra parte de mim, esta quieta. Não sei. Estou zonza, feliz, arrependida, orgulhosa, amedrontada, impaciente. Nunca antes estive tão perto de um medo, respirando o mesmo ar.
Sei como é ser Prometeu, acorrentado na montanha: a águia vem – castigo divino – e lhe devora o fígado. Depois de toda dor, o órgão se regenera (Prometeu é imortal) para, na manhã seguinte, novamente ser devorado.
Hoje à noite, levarei o carro pra casa. Novamente, seguirei alguém.
Eis meu fígado exposto. Minha fratura.

2 comentários:

  1. Olá, me identifiquei com o seu medo de dirigir. Sinto e penso as mesmas coisas que você, talvez todos nós que temos esse medo, sempre acabamos pensando como estaríamos melhor se estivessemos em um ônibus e tal ...
    Mas sabe, começei lendo o seu primeiro post e isso me deu uma coragem imensa. Tenho carta há um ano e meio, dirigo o carro da minha irmã, que está morando fora do país. A desculpa de que o carro não é meu sempre foi o motivo para não dirigir ...rss, hoje com mais coragem eu estou dirigindo aqui na minha cidade, que é pequena, mas tem um trânsito onde as pessoas não respeitam muito.
    Não estou com nenhuma ajuda de autoescola ou piscológa, mas creio estar me saindo bem, não cometo mais os erros do começo, mas ainda me preocupo com os olhares ...rsss.
    Sabe um belo dia acordei e disse : Se eles podem dirigir, eu tambem posso ...rss, naquele dia sai e não parei mais ... ainda com medo, mas estou tentando melhorar ...
    Vou continuar acompanhando o seu dia-a-dia, sei que vai conseguir !!!
    Estou torcendo ...

    Beijus
    Sandra

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  2. Parabéns, Sandra, por sua coragem. Como vc disse, só quem tem pânico de alguma coisa sabe o sufoco que é superá-lo. Estou muito feliz por vc.

    Beijo, Andréia.

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